Entretempos https://entretempos.blogfolha.uol.com.br Artes visuais diluídas em diferentes suportes, no Brasil e pelo mundo Sun, 28 Nov 2021 14:42:12 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Virtude de ‘Tropeço’ é tornar obra ‘anti-edição’ em fotolivro aberto a diferentes maneiras de edição https://entretempos.blogfolha.uol.com.br/2017/05/17/virtude-de-tropeco-e-tornar-obra-anti-edicao-em-fotolivro-aberto-a-diferentes-maneiras-de-edicao/ https://entretempos.blogfolha.uol.com.br/2017/05/17/virtude-de-tropeco-e-tornar-obra-anti-edicao-em-fotolivro-aberto-a-diferentes-maneiras-de-edicao/#respond Wed, 17 May 2017 19:59:24 +0000 https://entretempos.blogfolha.uol.com.br/files/2017/05/IMG_4243-180x135.jpg http://entretempos.blogfolha.uol.com.br/?p=19583 ‘Tropeço’, de Mario Lalau (Fotô Editorial) – Ainda há vantagens em ser jornalista nos dias de hoje: com uma diferença de dez minutos, recebi dois exemplares de “Tropeço”, de Mario Lalau. Antes que me chamem de “jabazeiro”, saibam que ter visto duas cópias da obra foi determinante para entendê-la, uma vez que os exemplares não são iguais. Sem encadernação, as páginas desse fotolivro podem ser organizadas de diversas maneiras. O recurso é comum –lá fora, “(based on a true story)”, de David Alan Harvey, e aqui, “Tcharafna”, de Gui Mohallem, são exemplos recentes desse tipo de construção. Poucas vezes, no entanto, vi um trabalho em que a ordem das imagens fosse diferente a cada cópia. (Imaginem a empreitada de pegar as impressões da gráfica e embaralhar 88 páginas de todos os 500 exemplares na mão…) A estratégia é interessante para obras como a de Lalau, que retrata cenas urbanas, objetos, pessoas, animais, plantas e prédios, sempre com a sensação de que algo está fora do lugar. Ali, linhas não se encontram, cones estão improvisados, brinquedos são feitos de sucata e bonecas se transformam em vasos de plantas. Os encontros aleatórios promovidos pela montagem do trabalho –as imagens em páginas duplas são fatiadas e colocadas ao lado de até quatro fotos diferentes– reforçam essa percepção de quebra.

Dentro de um universo estético coerente como o de “Tropeço”, baseado em cores, texturas e formas bem pronunciadas, a chance de que colisões bem-vindas aconteçam é muito grande. Em alguns momentos, porém, é inevitável que junções imperfeitas apareçam, e o autor perde a oportunidade de construir dípticos com encaixes melhores. Assim funciona o jogo. Chega a ser irônico que um livro “anti-edição” seja tão aberto a inúmeras maneiras de edição. As associações em “Tropeço” me recordam “Colors”, fotolivro de Yoshinori Mizutani. Porém, diferentemente dos registros em ambientes internos, com objetos calculadamente encenados e personagens que posaram para o fotógrafo japonês, o brasileiro explora texturas e formas que estão nas ruas e, aparentemente, sem interferir no que está sendo retratado. Lalau foi fotojornalista –com passagem pela Folha–, o que em parte explica o olhar atento e a habilidade para flagrar tantas cenas curiosas. Se a montagem da obra, primeiro ponto que me chamou a atenção, já justificaria o título, andar à deriva pela cidade justifica ainda mais. “Tropeço” significa, aqui, o encontro, o imponderável, aquilo que se oferece para a câmera durante uma caminhada sem grandes pretensões. Essa ideia é ainda mais bonita numa cidade como São Paulo, em que os improvisos parecem movê-la –mesmo que algumas das imagens no trabalho tenham sido produzidas fora do país, muitas delas foram feitas na capital paulista. É necessário fazer um pequeno reparo, porém: um dos eixos de “Tropeço” é a cor, e, neste ponto, as fotos poderiam ser mais contrastadas, com mais vigor em seus tons.

TROPEÇO
AUTOR Mario Lalau
EDITORA Fotô Editorial
QUANTO R$ 85 (88 págs.)
AVALIAÇÃO muito bom

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Haikai: em críticas curtas, o blog comenta fotolivros lançados neste ano.

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Produção gráfica competente garante êxito da proposta de Elaine Pessoa no fotolivro ‘Nimbus’ https://entretempos.blogfolha.uol.com.br/2017/02/10/producao-grafica-competente-garante-exito-da-proposta-de-elaine-pessoa-no-fotolivro-nimbus/ https://entretempos.blogfolha.uol.com.br/2017/02/10/producao-grafica-competente-garante-exito-da-proposta-de-elaine-pessoa-no-fotolivro-nimbus/#respond Fri, 10 Feb 2017 18:03:37 +0000 https://entretempos.blogfolha.uol.com.br/files/2017/02/IMG_2931-180x135.jpg http://entretempos.blogfolha.uol.com.br/?p=19405 ‘Nimbus’, de Elaine Pessoa – Entre as muitas razões que impulsionaram a volta dos fotolivros neste período dominado por formatos digitais está a necessidade de manuseá-los. Ainda que boas iniciativas como o site espanhol Have a Nice Book satisfaçam a curiosidade de quem vive longe dos grandes centros produtores de fotolivros, ver uma publicação por meio de uma tela não entrega o que um trabalho pode ser em sua totalidade. Aqui, não são só as fotos que importam, mas também o tipo de papel utilizado, a qualidade da impressão, o tamanho da obra e de que forma a narrativa proposta pelo artista é explorada. (Alguns diriam ainda que o cheiro da tinta é relevante, mas aí já acho que é tara de obcecados como Gerhard Steidl.) Enfim, não se trata apenas de virar páginas, não é algo que possa ser saciado só no computador. Temos de tocar os objetos, senti-los. Lembro isso porque a foto acima não corresponde ao que é a capa de “Nimbus”, de Elaine Pessoa, um dos primeiros lançamentos da Fotô Editorial, casa criada em outubro pelo curador e jornalista Eder Chiodetto junto à pesquisadora Fabiana Bruno e à própria autora deste fotolivro. Se as imagens no miolo são todas em preto e branco, predominantemente sombrias e muito granuladas, a capa de “Nimbus” é um negativo do restante do trabalho. Ali, por meio de uma textura creme sobre o papel branco, Elaine introduz a linguagem da obra, mas de maneira luminosa. O relevo, que lembra a marca deixada por um rolo de pintar parede quando já não há mais muita tinta no cilindro, oferece a primeira oportunidade de interação ao leitor, que toca a obra como se fosse um livro em braile.

Dentro, o branco da capa permanece por páginas e páginas até que as fotografias monocromáticas começam a explodir. As pausas também são um ponto importante em “Nimbus”: sequências de imagens são intercaladas por períodos de silêncio, o que dá ritmo ao trabalho, ainda mais quando se trata de registros que caminham para a abstração. Mesmo que seja possível identificar, aqui e ali, cenas da natureza, a granulação intensa faz com que fotografias se transformem em gravuras, e árvores e plantas se tornem a nuvem do título. O segundo momento de interação ocorre por meio das dobras francesas, tipo de acabamento em que as páginas ficam “coladas”. O leitor tem de cortá-las para encontrar as imagens escondidas. Esse tipo de recurso, comum em livros japoneses, cujo design prima pela sutileza, ficou um tanto deslocado nessa obra. Uma vez que as fotos de “Nimbus” giram em torno de uma mesma estética, sem grandes quebras –o que incorre no risco de a obra se tornar monótona–, rasgar ou deixar de rasgar as páginas do livro é indiferente. Por outro lado, a dobra francesa e a transparência do tipo de papel escolhido permitem que a impressão da imagem oculta vaze para a foto aberta, o que intensifica a mistura de rastros entre fotos. Estamos sobretudo no campo do estudo da natureza das imagens, tema que deveria ser ainda mais explorado em trabalhos brasileiros. Para isso, é preciso ter excelência na produção gráfica, caso desse fotolivro.

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NIMBUS
AUTORA Elaine Pessoa
EDITORA Fotô Editorial
QUANTO R$ 90 (68 págs.)
AVALIAÇÃO muito bom

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Fotos perdidas de Robert Capa, David Seymour e Gerda Taro na Guerra Civil Espanhola vêm a SP https://entretempos.blogfolha.uol.com.br/2016/07/12/fotos-perdidas-de-robert-capa-david-seymour-e-gerda-taro-na-guerra-civil-espanhola-vem-a-sp/ https://entretempos.blogfolha.uol.com.br/2016/07/12/fotos-perdidas-de-robert-capa-david-seymour-e-gerda-taro-na-guerra-civil-espanhola-vem-a-sp/#respond Tue, 12 Jul 2016 13:40:32 +0000 https://entretempos.blogfolha.uol.com.br/files/2016/07/cpa-180x172.jpg http://entretempos.blogfolha.uol.com.br/?p=17905 Mexicana – Numa parceira com o ICP (International Center of Photography), a Caixa Cultural de SP inaugura no próximo dia 23 a exposição “A Valise Mexicana: A Redescoberta dos Negativos da Guerra Civil Espanhola”, com fotos tomadas pelo casal Robert Capa e Gerda Taro, além de imagens realizadas por David “Chim” Seymour. A mostra gratuita exibe cerca de 4.500 negativos que foram encontrados na Cidade do México em uma valise que estava desaparecida desde o fim do conflito, em 1939. Capa, húngaro que morreu aos 40 anos, em 1954, célebre pelos registros do Dia D, na Segunda Guerra, e Seymour, conhecido até então por ter documentado o cotidiano dos espanhóis à sombra da guerra, foram dois dos quatros fotógrafos fundadores da lendária agência Magnum. Ao mesmo tempo em que é ultravenerado, Capa também vive sob diversas polêmicas póstumas. Uma de suas imagens mais conhecidas, “A Morte do Soldado Legalista”, por exemplo, feita em Córdoba durante a Guerra Civil Espanhola, é alvo de controvérsia desde os anos 1970. Pesquisadores dizem que ele estaria em outra cidade quando a foto foi feita –ou até mesmo que Gerda seria a real autora do registro. A exposição na Caixa (pça. da Sé, 111, tel. 11-3321-4400) é uma grande oportunidade para ver imagens de profissionais que mudaram a natureza da fotografia de guerra, reinventando-a de modo que encontra ecos até hoje. Junto à mostra, haverá um minicurso de fotojornalismo nos dias 6 e 13/8; 3 e 10/9. As inscrições poder ser feitas até 5/8 em valisemexicana@gmail.com

Programada – Também na Caixa Cultural de SP, a pesquisadora e professora da FAU-USP Giselle Beiguelman inaugura no sábado (16) a exposição “Cinema Lascado”. Recorte dos últimos 10 anos de produção da artista, a mostra gratuita com curadoria de Eder Chiodetto exibe fotos, vídeos e obras inéditas que se utilizam de softwares, ferramentas e aparatos eletrônicos de várias gerações para discutir, entre outras questões, o consumo desenfreado de tecnologia e a obsolescência programada. “Cinema Lascado” fica em cartaz até 25/9, de terça a domingo, das 9 às 19h.

Segundo ato – A fotógrafa Lenise Pinheiro lança, no dia 19, o livro “Fotografia de Palco II”, com imagens de sua trajetória documentando o universo do teatro, desde cenas no palco até bastidores das montagens. Colaboradora da Folha desde 1998, ela publica a segunda parte de “Fotografia de Palco” oito anos depois do primeiro lançamento e dois depois de produzir “Teatro Oficina”, coletânea de fotos que realizou do grupo encabeçado por Zé Celso Martinez Corrêa. O evento do dia 19 ocorrerá no Sesc Pompeia (r. Clélia, 93, tel. 11-3871-7700), às 20h, com sessão de autógrafos.

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Quatro exposições para visitar nesta quarta-feira https://entretempos.blogfolha.uol.com.br/2016/06/29/quatro-exposicoes-para-visitar-nesta-quarta-feira/ https://entretempos.blogfolha.uol.com.br/2016/06/29/quatro-exposicoes-para-visitar-nesta-quarta-feira/#respond Wed, 29 Jun 2016 15:54:40 +0000 https://entretempos.blogfolha.uol.com.br/files/2016/06/IMG_0625-180x180.jpg http://entretempos.blogfolha.uol.com.br/?p=17837 Não só nesta quarta-feira (29), mas até o dia 8 de julho, pelo menos, São Paulo oferece quatro exposições fotográficas –ou que envolvem acervos com fotografias– que valem a visitação. Veja abaixo as opções na capital paulista que o Entretempos selecionou para o leitor:

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Pinacoteca – Parte da coleção da alemã radicada na Espanha Helga de Alvear, voz respeitada na cena da arte contemporânea europeia, está em cartaz na Pinacoteca, numa das maiores mostras do museu paulistano neste ano. Uma seleção de 137 trabalhos, entre eles peças de importantes nomes da fotografia como Cindy Sherman, Ed Ruscha (imagem que abre este post), Bernd & Hilla Becher, Thomas Ruff e Philip-Lorca DiCorcia (foto acima), é exibida no primeiro piso da Pinacoteca.

FORA DA ORDEM – OBRAS DA COLEÇÃO HELGA DE ALVEAR
QUANDO de qua. a seg., das 10h às 17h30; até 26/9
ONDE Pinacoteca, pça. da Luz, 2, tel. (11) 3324-1000
QUANTO R$ 6 (grátis aos sábados)

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Itaú Cultural – Mostra que integra a quarta edição do Fórum Latino-Americano de Fotografia de SP, a exposição revela imagens da América Latina a partir de arquivos criados em processos “cheios de vícios coloniais”. Temas como revoltas populares, criminalidade, escravidão, extermínio indígena e repressão política são discutidas em imagens selecionadas pelo artista equatoriano Coco Laso com registros de índios feitos pelo seu bisavô ou nas fotografias de “Cabanagem”, de André Penteado (foto acima), sobre rastros da revolta no Grão-Pará no Brasil contemporâneo.

ARQUIVO EX MACHINA: ARQUIVO E IDENTIDADE NA AMÉRICA LATINA
QUANDO 
ter. a sex., das 9h às 20h, sáb., dom. e feriados, das 11h às 20h; até 7/8
ONDE
Itaú Cultural, av. Paulista, 149, tel. (11) 2168 1777
QUANTO
grátis

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Casa Triângulo – A exposição é a “maior de caráter comercial de Alair Gomes realizada até hoje”, explica o curador Eder Chiodetto no texto que acompanha a mostra, uma vez que todo o arquivo do artista foi doado pelos herdeiros para a Biblioteca Nacional. “Young Male” apresenta, em sua maioria, obras do acervo de Robson Phoenix, como fragmentos das séries “Symphony of Erotic Icons, 1966 – 1978”, “A Window in Rio, 1977 – 1980” e “Viagens [Europa, Arte], 1969”. Na mostra, o olhar homoerótico de Alair (1921-1992), muito celebrado nos últimos anos, está presente em nus, registros de garotos a partir da janela do sexto andar de seu apartamento, em Ipanema, e fotografias de estátuas greco-romanas realizadas na sua primeira viagem à Europa.

YOUNG MALE: FOTOGRAFIAS DE ALAIR GOMES
QUANDO
de ter. a sáb., das 11h às 19h; até 16/7
ONDE
r. Estados Unidos, 1324, tel. (11) 3167-5621
QUANTO
grátis

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Blau Projects – Com 18 fotografias e três peças de bronze, a exposição “360 Metros Quadrados”, do mineiro Pedro David, mostra seu universo íntimo com imagens realizadas em sua casa, na região metropolitana de Belo Horizonte. A série agora em cartaz é uma continuação de uma ideia desenvolvida pelo artista desde 2008, com o trabalho “Aluga-se”, realizado a partir de visitas a apartamentos oferecidos para locação, quando ele buscava um local para morar.

360 METROS QUADRADOS
QUANDO 
de ter. a sáb., das 11h às 19h; até 8/7
ONDE
Blau Projects, r. Fradique Coutinha, 1464, tel. (11) 3467 8819
QUANTO
grátis

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Relação apaixonada com a música guia edição de altos e baixos em ‘Cold Hot’, de Sergio Poroger https://entretempos.blogfolha.uol.com.br/2016/06/28/relacao-apaixonada-com-a-musica-guia-edicao-de-altos-e-baixos-de-cold-hot-de-sergio-poroger/ https://entretempos.blogfolha.uol.com.br/2016/06/28/relacao-apaixonada-com-a-musica-guia-edicao-de-altos-e-baixos-de-cold-hot-de-sergio-poroger/#respond Tue, 28 Jun 2016 11:19:56 +0000 https://entretempos.blogfolha.uol.com.br/files/2016/06/IMG_06301-180x135.jpg http://entretempos.blogfolha.uol.com.br/?p=17786 ‘Cold Hot’, de Sergio Poroger (Alfaiatar) – Quando algo é realizado com envolvimento genuíno, percebe-se logo de cara. “Cold Hot”, livro de Sergio Poroger, exala essa relação apaixonada com o assunto que aborda. Nesse caso, trata-se de uma viagem de 17 dias e 3.000 km pela rota 61, nos Estados Unidos, conhecida como “a estrada do blues”, embora também tenha casas de jazz, do country do Tennessee e os rincões da soul music. A obsessão do autor é exaltada em quatro dos cinco textos da publicação –quantidade generosa de escritos para um livro de fotos, o que acaba por tornar a mensagem de vínculo entre artista e música muito repetitiva. Assim como na tradição de nomes como William Eggleston, embora com abordagem bem diferente, as viagens pelas estradas norte-americanas revelam o vocabulário visual do país, formado por enormes letreiros de cores vivas e lindas tipografias, seja de uma loja de fogos de artifício ou de um posto de gasolina. Poroger nos mostra as fachadas desses estabelecimentos em uma edição de fotos que começa coerente, mas que escorrega ao longo da obra.

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Ao passar do “cold” (frio) das paisagens externas para o “hot” (quente) do interior dos locais visitados, a edição intercala algumas imagens dispensáveis de frequentadores dos clubes de blues e clichês da fotografia de shows, como um close no braço de uma guitarra com as luzes desfocadas ao fundo. Quando o fotógrafo se concentra em detalhes ou cenários menos óbvios, como microfones de um estúdio ou um palco ainda sem os músicos, o livro ganha força. “Cold Hot” segue a formatação de publicações mais tradicionais: inicia com textos de apresentação –do próprio autor e do curador da obra, Eder Chiodetto–, passa para as fotos –algumas delas com pequenas observações ou citações– e termina com outros três textos –do jornalista e colaborador da Folha Carlos Calado, de Felipe Poroger, filho do fotógrafo, e mais um sobre o autor–, além de um índice remissivo apontando onde cada imagem foi feita. Sem tantos textos, a publicação poderia deixar o leitor à vontade para mergulhar da forma como bem entender na viagem realizada pelo artista. Mas fica muito claro que Poroger quer nos contar, de seu ponto de vista, a trajetória que fez, não só nos Estados Unidos, mas em sua vida.

COLD HOT
AUTOR Sergio Poroger
EDITORA Alfaiatar
QUANTO R$ 110 (120 págs.)
AVALIAÇÃO bom

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Alair Gomes e Mayana Redin abrem exposições em São Paulo neste sábado https://entretempos.blogfolha.uol.com.br/2015/07/24/alair-gomes-e-mayana-redin-abrem-exposicoes-em-sao-paulo-neste-sabado/ https://entretempos.blogfolha.uol.com.br/2015/07/24/alair-gomes-e-mayana-redin-abrem-exposicoes-em-sao-paulo-neste-sabado/#respond Fri, 24 Jul 2015 23:14:24 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://entretempos.blogfolha.uol.com.br/?p=14681 Percursos – Abre neste sábado (25), às 11h, na Caixa Cultural, a exposição “Alair Gomes: Percursos”, retrospectiva do pioneiro da arte homoerótica no país. Na mostra, com curadoria de Eder Chiodetto, estarão as séries mais famosas do artista, como “Sonatinas, Four Feet”, “Beach Triptychs” e “A New Sentimental Journey”, além de um ensaio inédito que realizou na praça da República, em São Paulo, em 1969. Destaque da Bienal de Arte de São Paulo em 2012, Alair fez mais de 20 mil imagens de meninos das praias do Rio, objeto de obsessão em sua vida. Após a inauguração, grátis, na pça. da Sé, 111 (tel. 11-3321-4400), haverá uma edição especial da festa Tenda, comandada pelos DJs Tiago Guiness e Guilherme Falcão Pelegrino, como uma espécie de segunda parte da abertura. O convescote ocorre a partir das 23h30 na boate L’Amour (r. Bento Freitas, 366, R$ 20), no centro de São Paulo.

Cosmos – Também neste sábado, às 15h, a artista Mayana Redin lança o livro “Edifício Cosmos” no Arquivo Histórico de São Paulo (pça. Coronel Fernando Prestes, 152, tel. 11-3396-6025). A publicação, que reúne fotografias de letreiros de edifícios paulistanos, cariocas e belo-horizontinos batizados com nomes referentes ao espaço sideral, faz parte da pesquisa contemplada pela Bolsa Estímulo à Produção em Artes Visuais, da Funarte, e contou com direção de arte de Alice Chaves e Bianca Muto, uma das metades da editora Pingado-Prés, que fará a distribuição gratuita da obra. O lançamento ocorrerá no mesmo local da exposição “Cosmografias (para São Paulo)”, extensão do livro, com os letreiros de prédios como “Ed. Astro”, “Ed. Andromeda” e
“Ed. Blue Moon” espalhados pelo espaço do Arquivo Histórico.

Vulcânicas – João Castilho será tema de uma nova mostra na Zipper Galeria, em São Paulo. “Porcelana e Vulcão” reúne obras inéditas, nas quais
o artista experimenta pela primeira vez na relação entre fotografia e escultura, além de apresentar vídeos e colagens. Na instalação “Corte”, dezenas de fotografias exibem fendas, fissuras e cortes em esculturas de ferro. Já a escultura em resina “Cão” mostra um cachorro tentando morder a própria cauda, enquanto no vídeo “Alvo” um suporte é atingido por várias flechas simultaneamente. O mineiro também exibirá uma série de colagens feita de notas de R$ 10 manchadas com tinta vermelha, que foram retiradas de caixas eletrônicos em tentativas de roubo, além de duas fotografias da série “Zoo”, vencedora da bolsa ZUM e segundo lugar no prêmio promovido pela Fundação Conrado Wessel neste ano. A Zipper fica r. Estados Unidos, 1.494 (tel. 11-4306-4306) e funciona de seg. a sex, das 10h às 19h; sábado, das 11h às 17h. A abertura, grátis, no dia 6/8, acontece a partir das 19h.

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Curadores selecionam brasileiros para workshop do World Press Photo https://entretempos.blogfolha.uol.com.br/2015/02/05/curadores-selecionam-brasileiros-para-workshop-do-world-press-photo/ https://entretempos.blogfolha.uol.com.br/2015/02/05/curadores-selecionam-brasileiros-para-workshop-do-world-press-photo/#respond Thu, 05 Feb 2015 15:16:38 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://entretempos.blogfolha.uol.com.br/?p=12672 WPP – Os curadores Eder Chiodetto e Mônica Maia indicarão fotógrafos brasileiros para uma vaga no Joop Swart, masterclass promovido pelo WPP (World Press Photo) –fundação que organiza o prêmio de fotojornalismo mais importante do mundo. O responsável pela curadoria do Clube de Colecionadores de Fotografia do MAM-SP (Museu de Arte Moderna de São Paulo) e a sócia da DOC Galeria receberão portfólios de jovens fotógrafos até a próxima terça-feira (10). O candidato deve ser fotojornalista e/ou fotodocumentarista profissional, ter até 32 anos completados neste ano e ser fluente em inglês –escrito e falado. Segundo Chiodetto, o perfil ideal é o fotógrafo que “conta suas próprias histórias e não fica apenas a reboque de veículos da imprensa”. “Pessoas que façam reportagens de fôlego e fujam da superficialidade do fotojornalismo diário”, completa ele. Já Maia diz que os interessados devem “contar uma história de modo autoral, com identidade”. Portfólios podem ser enviados para eder@ederchiodetto.com.br e monicamaia@docgaleria.com.br. Mais informações sobre a seleção
do workshop, que acontece na Holanda, você encontra aqui.

Foam – A revista de fotografia contemporânea Foam busca jovens fotógrafos por meio de seu programa anual “Foam Talent”. Se você tem entre 18 e 35 anos e algo diferente para mostrar, as inscrições começam nesta sexta-feira (6) e vão até o dia 20/3. O programa, que já revelou nomes como Lucas Foglia, Christto & Andrew e o brasileiro Fabio Messias, oferece a publicação na edição especial da revista holandesa, além da participação em uma exposição itinerante. Todas as informações se encontram aqui.

Sítio – Vai até o dia 1º/3 a exposição coletiva Sítio, na nova sede do espaço Comuna, no centro do Rio. Sempre aos finais de semana –menos durante o Carnaval–, das 11h às 19h, os quatro andares do local recebem o público para visitação de trabalhos de 19 artistas. Pinturas, esculturas e performances de Rafael Salim, Luiza Crosman, Eduarda Estrella e Gabriel Secchin, entre outros, são algumas das obras que compõem a segunda edição do evento. Embora a exposição seja gratuita, o espaço pede colaboração voluntária de
R$ 10 para os visitantes. A mostra fica na rua Frei Caneca, 57, Rio; tel. (21) 98862-2406. Mais informações sobre o Sítio é só clicar aqui.

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Melhores fotolivros 2014: Leo Caobelli https://entretempos.blogfolha.uol.com.br/2015/01/07/melhores-fotolivros-2014-leo-caobelli/ https://entretempos.blogfolha.uol.com.br/2015/01/07/melhores-fotolivros-2014-leo-caobelli/#respond Wed, 07 Jan 2015 12:13:37 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://entretempos.blogfolha.uol.com.br/?p=12156 O Entretempos publica a segunda lista dos melhores fotolivros do ano. Na seleção abaixo, o fotógrafo Leo Caobelli, do coletivo Garapa, escolheu cinco obras brasileiras lançadas –ou relançadas– em 2014. Na segunda (5), o blog já havia colocado no ar os favoritos do crítico e professor Jörg Colberg.

Perdeu? É só clicar aqui. Na sexta (9), a dupla Fabio Messias e Walter
Costa, que fazem parte do Trama –grupo de estudos de fotolivros–, fechará
a semana com outra seleção interessante. Na segunda (12), uma das metades do Entretempos publica sua lista, mas incluirá livros que
devem ser maravilhosos ao vivo, pois só os viu pela internet. =/ Até lá!

Mais um dos bons títulos da editora Vibrant, “Desterro” abre minha lista dos melhores de 2014 justamente por não ser um fotolivro, pelo menos não pelas definições padrões. A obra é uma expedição etnográfica de ficção idealizada por Ícaro Lira com a colaboração de diversos artistas.
O projeto gráfico impecável, aliado ao conteúdo de igual estatura, fazem de “Desterro” um livro a ser consultado por diversas vezes.

Normalmente, quando um fotolivro é ruim, dizemos que ele é um mero catálogo. Lembro de ter lido uma passagem de Michael Mack falando sobre isso: “Muitos dos livros de fotografia traduzem apenas o egocentrismo de um fotógrafo em querer ver suas fotos impressas em um livro, mas isso não o torna um fotolivro, e sim catálogos de exposição”. Em “Poder Provisório”, a parceria entre o curador Eder Chiodetto e a designer Milena Galli produziu o oposto, um catálogo digno de ser considerado um fotolivro.

Projeto de conclusão do mestrado de Felipe Russo, “Centro” é um afiado mergulho pela região do marco zero paulistano. Dotado de olhar apurado, técnico sem deixar de ser poético, Felipe produz um fotolivro com espaços, silêncios e respiros que cadenciam um outro centro para a cidade que conhecemos. Vale ressaltar que, para financiar a impressão, o fotógrafo fez uma tiragem especial de pré-venda acompanhada de impressão fine art.

Embora seja uma reedição lançada em 2014, “A Escala de Cor das Coisas” entrou na lista por ser um projeto extremamente alinhado e bem-acabado. Nele, Letícia Lampert cria um paralelo com as escalas de cor pantone, gerando um livro objeto no mesmo formato dessas escalas. Porém, substitui os tons sólidos por imagens fotográficas. O projeto contou com financiamento coletivo, o que garantiu versões com impressões fine art e poster.

Assim como Felipe Russo, Ivan Padovani também produziu um fotolivro a partir de seu projeto de pós-graduação. Em “Campo Cego”, o tema da narrativa também é a urbe em sua essência, São Paulo e suas fachadas cegas. O projeto gráfico é um verdadeiro golaço. As transparências que sobrepõe a cegueira da metrópole transformam o livro em um objeto a ser manuseado com delicadeza, contrapondo o concreto denso que cada página retrata.

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Cristiano Mascaro chega aos 70 anos com livro e exposição na Pinacoteca https://entretempos.blogfolha.uol.com.br/2014/12/08/cristiano-mascaro-chega-aos-70-anos-com-livro-e-exposicao-na-pinacoteca/ https://entretempos.blogfolha.uol.com.br/2014/12/08/cristiano-mascaro-chega-aos-70-anos-com-livro-e-exposicao-na-pinacoteca/#respond Mon, 08 Dec 2014 16:30:49 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://entretempos.blogfolha.uol.com.br/?p=11714

Um halterofilista à la Freddie Mercury, um rapaz de black power com uma tela de silkscreen, um jovem de boné do Flamengo recheando sonhos na década de 1970. Estes são alguns dos retratos que integram o novo volume da Coleção Ipsis de Fotografia Brasileira, dedicado à obra de Cristiano Mascaro.

No livro, com edição do curador e pesquisador Eder Chiodetto, as imagens mais conhecidas do também arquiteto, como os registros geométricos de São Paulo e os elegantes interiores de casas do centro, se misturam a retratos —grande parte inéditos—, que mostram trabalhadores e transeuntes da cidade.

A maioria das fotos foi tomada nas décadas de 1970 e 1980, época que Mascaro relembra como “período em que o pedido de um retrato deixava as pessoas envaidecidas”. Para ele, entrar na casa de desconhecidos para registrá-los era “estranhamente fácil”, diferente dos dias atuais, em que a fotografia parece devassar a intimidade do retratado.

A publicação também contempla imagens realizadas nos últimos anos, como as panorâmicas do Hospital Matarazzo —reaberto ao público há pouco para uma megaexposição—, intercaladas com interiores do Hotel Ribamar, em São Luís (MA). Mas os registros da arquitetura de SP, onde ele joga com sombras e formas sinuosas, elementos que tornaram o paulista um dos maiores nomes da fotografia brasileira, ainda são o maior destaque desta retrospectiva.

Junto com a foto mítica da avenida São João, vista do edifício do Banespa, há também a imagem quase delirante das escadas rolantes de uma galeria do centro. Aos 70, completados em outubro, Mascaro considera que SP “continua feia”. “Mas interessantíssima também. É como a [atriz] Anna Magnani, que fez ‘Roma’, do Fellini: feia, mas com personalidade forte.”

“Mas têm absurdos. Essa lei da Cidade Limpa, que todo mundo acha bacana… São Paulo é isso, não dá para querer que seja bonita”, defende ele. “Gostava de ver aqueles painéis do Jockey. Você tá ali parado no trânsito mesmo.”

Mascaro conta que há pouco esteve em Tóquio, uma cidade “poluída visualmente e sensacional”. “E lá tem Minhocão para todo lado, mas aqui querem derrubá-lo. Ficam macaquiando o Highline de Nova York.” Na Pinacoteca, o fotógrafo vai remontar a partir deste sábado (29), com curadoria de Pedro Nery, 29, uma série de imagens registradas em 1976 no entorno do museu, nas regiões do Bom Retiro e da Luz.

A exposição foi uma tentativa da ex-diretora Aracy Amaral para trazer os bairros próximos ao museu para dentro da instituição. Com registros mais soltos, mostram retratos de meninos judeus e vitrines de lojas da rua das Noivas e formam o primeiro conjunto fotográfico da Pinacoteca.

COLEÇÃO IPSIS DE FOTOGRAFIA BRASILEIRA 
AUTOR Cristiano Mascaro
EDITORA Ipsis
QUANTO R$ 49 (218 págs.)

CRISTIANO MASCARO E A SÉRIE BOM RETIRO E LUZ
QUANDO de ter. a dom., das 10h às 17h30; qui., até 22h; até 29/3
ONDE Pinacoteca, praça da Luz, 2, tel. (11) 3324-1000
QUANTO R$ 6; grátis aos sábados
CLASSIFICAÇÃO livre

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Ciclo de palestras sobre livros para pesquisa de fotografia começa hoje https://entretempos.blogfolha.uol.com.br/2014/10/16/ciclo-de-palestras-sobre-livros-para-pesquisa-de-fotografia-comeca-hoje/ https://entretempos.blogfolha.uol.com.br/2014/10/16/ciclo-de-palestras-sobre-livros-para-pesquisa-de-fotografia-comeca-hoje/#respond Thu, 16 Oct 2014 13:40:08 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://entretempos.blogfolha.uol.com.br/?p=10992 E agora? – Começa nesta quinta (16) e vai até 1/12 o ciclo de palestras “E Agora, Fotografia?”, que acontece no Sesc Belenzinho e Consolação. Com entradas gratuitas e curadoria de Eder Chiodetto, Ronaldo Entler, Lívia Aquino e Pio Figueiroa, o projeto vai abordar livros importantes para a pesquisa de fotografia. Susan Sontag, Roland Barthes, Phillipe Dubois e Vilém Flusser são alguns dos autores que estarão em debate. Na primeira mesa –às 19h30 desta quinta no Sesc Belenzinho–, o historiador Maurício Lissovsky conduz a palestra sobre “Pequena História da Fotografia”, texto de Walter Benjamin. Para conferir a programação completa é só clicar aqui.

Negativos e positivos – A partir desta sexta (18), o Instituto Moreira Salles apresenta em sua sede, no Rio, uma grande retrospectiva da obra de Geraldo de Barros. Segundo o instituto, a exposição do designer, pintor e fotógrafo brasileiro é a maior já realizada na capital carioca. Com mais de 300 trabalhos, a mostra resgata o caráter experimental do artista, focando sua relação com gravuras e pinturas realizadas entre os anos 1940 e 1990. Pela primeira vez, será exibido o conjunto de 268 colagens de negativos e positivos sobre vidro realizado por ele no fim dos anos 1990, além de 70 fotografias ampliadas a partir dessas colagens. A curadoria é de Heloisa Espada, coordenadora de artes visuais do IMS. Para saber mais é só clicar aqui.

Homenagem – O Brasil é o convidado de honra da segunda edição do La Quatrieme Image, salão de fotografia de Paris. Realizado entre 28/10 e 2/11, o evento terá trabalhos dos brasileiros Betina Samaia, Bob Wolfenson, Claudia Jaguaribe, Claudio Edinger, Edu Simões, Iatã Cannabrava, Lucas Lenci, Rogerio Reis, Sheila Oliveira e Tiago Santana. O festival também prestará homenagem à fotógrafa francesa Camille Lepage, morta em maio, enquanto trabalhava em um conflito na África. Para saber mais é só clicar aqui.

Limiares – Fica em cartaz até janeiro de 2015 a recém-inaugurada mostra do acervo de Joaquim Paiva no MAM do Rio. Colecionador a partir do começo da década de 1980, o diplomata exibirá 40 trabalhos, cedidos ao museu em comodato. São obras de Miguel Rio Branco, Cildo Meireles, Marcel Gautherot, Jac Leiner, Alair Gomes e muitos outros. Completam a exposição 19 obras das coleções do MAM e de Gilberto Chateaubriand, montadas em diálogo com o acervo de Paiva. Para saber mais sobre a mostra é só clicar aqui.

Afetos – No próximo dia 23, o Memorial da América Latina, em São Paulo, vai inaugurar a exposição coletiva “Retratos do Afeto”, com curadoria de Juliana Monachesi e Denise Schnyder. A ideia é aproximar idosos e trabalhos de arte contemporânea. Obras de Bob Wolfenson, Caio Reisewitz, Flávia Junqueira, Nino Cais e Ricardo Van Steen farão a ponte de forma descontraída com a terceira idade. Além de exibir fotos de seu último livro, “Belvedere”, Bob Wolfenson mostrará uma imagem de seus tios, Sarita e Salomão, no bairro do Bom Retiro. Já Flávia Junqueira traz para a exposição quatro fotografias. Na principal delas, a artista registra uma senhora francesa vendedora de brinquedos em um parque de diversões, elemento sempre presente em sua obra. Para saber mais é só clicar aqui.

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