Após o anúncio da mudança no resultado da bolsa de fotografia produzida pelo Instituto Moreira Salles, o editor da revista “ZUM” e membro da Comissão de Seleção do edital, Thyago Nogueira, explica a revisão da premiação.

Em abril, o IMS abriu um edital para contemplar dois projetos inéditos de fotografia contemporânea com bolsas no valor de R$ 65 mil cada uma. O resultado, divulgado no último dia 13, selecionou os ensaios “360 m²″ e “Microfilme”, do mineiro Pedro David e da gaúcha Letícia Ramos.

Dois dias após o anúncio, no entanto, o IMS voltou atrás no resultado de uma das bolsas e retirou o prêmio de Pedro David. Segundo Nogueira, “o objetivo da bolsa é premiar um projeto inédito, uma ideia inédita, que será desenvolvida nos oito meses seguintes”. “Não faz parte do escopo da Bolsa premiar uma ideia que já foi premiada, mesmo que o resultado ainda não tenha sido apresentado. É claro que é desagradável rever o julgamento, porque queríamos comemorar o resultado, a vitalidade e a qualidade dos projetos, e o talento dos vencedores. Mas temos de ser justos com os outros candidatos”, diz ele.

Pedro David recebeu o prêmio Funarte Marc Ferrez pelo mesmo ensaio em novembro de 2012. No entanto, o fotógrafo alega que “360 m²″ nunca havia sido publicado e que não havia nenhuma cláusula no regulamento que impedisse a participação no edital por conta de premiações anteriores.

Questionado se o Instituto Moreira Salles errou na conferência do ineditismo do trabalho do fotógrafo mineiro, Nogueira afirma que, “diante da quantidade de inscrições [segundo ele, foram 895 participações] e dos currículos, não há como checar o passado de todos os candidatos”. “Também é impossível conferir todas as aparições públicas de um projeto e de um trabalho”. A assessoria do IMS prometeu divulgar um novo premiado nesta semana. Para ler mais sobre é só clicar aqui.
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