‘Outras Fotografias na Arte Brasileira Séc. 21’, organização de Isabel Diegues
‘Outras Fotografias na Arte Brasileira Séc. 21’, organização de Isabel Diegues (Cobogó) – No momento em que se discute calorosamente o uso da palavra “fotolivro” para publicações de fotografia, abro aqui uma exceção para resenhar uma obra que não se encaixa na proposta desta seção –pretendo abordar, em outro post, minha interpretação do termo fotolivro. “Outras Fotografias na Arte Brasileira Séc. 21” é o quarto volume de uma
série lançada pela editora Cobogó. Enquanto este livro reúne trabalhos que abordam a vocação da fotografia para representar a realidade, o título anterior –“Fotografia na Arte Brasileira Séc. 21”–, lançado há dois anos,
faz um panorama dos artistas que têm a fotografia como eixo principal. Organizado por Isabel Diegues, a obra é um belo passeio pelos principais nomes que, em sua maioria, despontaram nos últimos 15 anos. Impossível não recordar “Geração 00”, pesquisa de Eder Chiodetto, semelhante não apenas em alguns dos nomes selecionados mas também em sua estrutura.
O livro, bilíngue, descreve em textos curtos e objetivos, o trabalho de artistas como Romy Pocztaruk, Barbara Wagner e Gabriel Mascaro. É muito saudável a escolha de nomes que não trabalham apenas com fotografia e que possuem produções sólidas –Cinthia Marcelle e Paulo Nazareth são mostras dessa curadoria. Por outro lado, é estranha a repetição de outros que já figuraram no livro anterior. Mesmo que os recortes e os ensaios publicados sejam diferentes, Miguel Rio Branco, Jonathas de Andrade e Rosângela Rennó soam como um déjà vu. Faz falta, então, a presença de Breno Rotatori e do coletivo Garapa, cujas produções, relevantes, encaixam-se na “vocação da fotografia para representar a realidade”. Ainda assim, “Outras Fotografias” é uma importante obra de referência, que pode ser usada tanto em pesquisas
futuras quanto em sala de aula por professores.
Avaliação: muito bom
Haikai: em críticas curtas, o blog comenta fotolivros lançados neste ano.
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vcs escrevem e descrevem muito pobremente os assuntos….para mim, sempre fica a indignação a respeito de tamas pertinentes que poderiam ultrapassar muitas linhas deste espaço editorial…leio tudo, mas saio sempre desgostoso quando acabo…fico decepcionado…angustiado