A ideia de uma livraria no centro de São Paulo surgiu há alguns anos quando pensamos que seria interessante essa região ganhar mais uma livraria de bairro, que valorizasse o contato com o livreiro, um espaço voltado à cultura do livro. Ao mesmo tempo, por ser um local de fácil acesso, a livraria também seria para toda a cidade.

Ano passado encontramos o local que se encaixava perfeitamente aos nossos planos: um espaço no térreo do Copan. Esse edifício, um marco na cidade, traz uma atmosfera muito própria tanto na arquitetura quanto na relação com a rua, com o Centro e com a própria comunidade de moradores. Contando com projeto da arquiteta Anna Ferrari, fizemos uma reforma para valorizar o projeto arquitetônico original e ativamos pela primeira vez a passagem da loja para o interior da galeria do edifício.

O passo seguinte foi decidir o nome e logo pensamos em Megafauna, que vem desses seres de grande porte que, em boa parte, viveram e foram extintos há milhares de anos no Brasil e na América Latina. O nome brinca um pouco com a ideia de extinção das livrarias de rua. Nomear assim o espaço seria dizer que recusamos a extinção desse tipo de livraria e que resistimos a isso.

Para montar o catálogo, pensamos numa curadoria de livros que se guiasse a um só tempo pela variedade de editoras – das pequenas casas aos grandes grupos – e pela escolha de títulos que contribuíssem para ampliar a perspectiva crítica.

Por fim, uma ideia fundamental para a Megafauna é que o livro esteja no centro não apenas para que seja comercializado, mas também porque é em torno dele que se dá a pesquisa, a programação e a criação de conteúdo. Além de nossa própria programação, temos a intenção de incentivar a proximidade física com o  Espaço Pivô, vizinho da Megafauna, através de parcerias, programação conjunta e curadoria de livros.