A distância entre dois corpos
Ontem, véspera do Dia dos Namorados, o Entretempos chegou ao limite da breguice com os conselhos para a conquista através de obras de arte. 😉
Hoje, dia 12, a gente volta para o nosso ritmo normal e convida 5 artistas e suas representações da distância entre dois corpos que ainda se amam.
Na celebração piegas do Dia dos Namorados, o blog propõe uma outra maneira de ver os relacionamentos. Afinal, a vida não se divide entre estar junto ou estar separado.
As mulheres Luiza Sigulem, Flávia Palladino, Carolina Krieger, Candice Japiassu e o solitário Massimiliano Minocri são os convidados da vez.
Aproveite!
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Luiza Sigulem
Resolvi separar um trecho de um e-mail que recebi na época em que fiz a foto. Com certeza essa imagem fala bastante do momento no qual me encontrava, pois acabara de me separar de uma pessoa de quem gostava muito.
“Acabei esses dias de ler o “A caminho de Swan” e fiquei pensando bastante no capítulo do “Um amor de Swan”. Imagino que você se lembre como ele descreve o que é estar apaixonado, e o quão facilmente isso pode virar uma obsessão. A gente não conseguia entender direito como duas pessoas podiam se dar tão bem, como uma relação poderia ser tão absoluta e justamente por isso, acho que o único problema passou a ser o fato de estar se relacionando. Como algo que gira ao redor de si mesmo (uma cobra que come seu próprio rabo, ou um tempo que se dobra nele mesmo criando um espaço-tempo circular, logo, atemporal) a relação por si só ganhou predominância, para o que tinha de bom, e para o que poderia (e que veio) a ter de ruim”.
A paulistana Luiza Sigulem, 27, é fotógrafa. Trabalhou em diversos meios de comunicação como fotojornalista, além de desenvolver, em paralelo, projetos autorais, como Realidade Maravilhosa e Além Rio.
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Flávia Palladino
“Cortante (auto-retrato que já esqueci)”, 2010
Flávia Palladino, 27, vive e trabalha em São Paulo. Desenvolve trabalhos em diferentes suportes, interessada no corpo e renascimentos.
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Massimiliano Minocri
“Abraçava meu peito para não ter que me arranhar o estômago em busca de razões que não encontrava. Sempre buscamos o porquê. O sofá se fazia profundo, esse lugar era o emblema do nosso adeus. Me emaranhava nele para não me perder no silêncio que fundia nosso espaço. Naquele silêncio estava o último sopro de nosso amor”.
Formado em história, em Roma, Massimiliano Minocri vive e trabalha em Barcelona. Pós-graduado em fotojornalismo, trabalha para o El País, entre outras publicações.
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Carolina Krieger
“O Espelho do Avesso”
Carolina Krieger é fotógrafa. Autodidata, além de desenvolver um trabalho autoral, realiza ensaios fotográficos em arte, design e moda para sites e revistas.
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Candice Japiassu
“Sem título”
Fotógrafa autoral, Candice Japiassu baseia sua pesquisa na fusão entre arte e vida cotidiana. Paralelamente, atua como fotógrafa freelancer, principalmente na área de retratos.
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